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Conta de luz vai subir: ANEEL anuncia bandeira vermelha para o mês de junho

Recentemente, a ANEEL anunciou um aumento da conta de luz, com o estabelecimento de bandeira vermelha em diversos estados.

A conta de luz frequentemente sofre variações ao longo do ano, e essas mudanças impactam diretamente o orçamento das famílias brasileiras. Diversos fatores contribuem para esse aumento, como a escassez de chuvas, a redução no volume dos reservatórios e a necessidade de ativar usinas mais caras.

Além disso, as políticas energéticas e as decisões regulatórias também influenciam o valor final da fatura. Em épocas de maior consumo, como o inverno ou o verão intenso, a demanda por eletricidade cresce, pressionando ainda mais o sistema.

Para lidar com essas variações, o governo utiliza um mecanismo chamado bandeira tarifária, que sinaliza ao consumidor os custos reais da geração de energia em determinado momento, permitindo ajustes conscientes no uso da eletricidade.

Neste mês de junho, a conta de luz vai aumentar com a mudança da bandeira tarifária.
Neste mês de junho, a conta de luz vai aumentar com a mudança da bandeira tarifária. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

ANEEL anuncia bandeira vermelha na conta de luz

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) confirmou que, em junho, a conta de luz terá cobrança sob bandeira vermelha no patamar 1. Isso representa um aumento no valor pago pelos consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional, com acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.

A medida reflete um cenário de geração mais cara, impulsionado pela redução nas chuvas e no nível dos reservatórios, o que obriga o acionamento de fontes alternativas como usinas termoelétricas, conhecidas pelo custo elevado de operação.

A ANEEL justificou a mudança destacando que o Operador Nacional do Sistema (ONS) identificou afluências abaixo da média em várias regiões do país, o que compromete a geração hidrelétrica. Com menos água disponível para gerar energia, o sistema precisa recorrer a fontes complementares.

Essa realidade já havia sido antecipada pelo diretor-geral da agência, Sandoval de Araújo Feitosa Neto, que vinha alertando para uma possível piora nas condições hidrológicas e no risco de bandeiras mais onerosas ao longo de 2025.

Além disso, outros fatores ampliam a pressão sobre a conta de luz, como a recente ampliação da faixa de isenção de consumo para famílias de baixa renda, o que redistribui o custo entre os demais consumidores.

A ANEEL também informou que os níveis de armazenamento nos reservatórios das principais usinas do país estão abaixo de 71%, número inferior aos 75% registrados no mesmo período do ano anterior. Esses indicadores reforçam a necessidade de medidas cautelosas.

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Entendendo como funcionam as bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para refletir, de forma mais imediata, os custos reais de geração de energia elétrica no Brasil. Antes, os aumentos eram repassados com até um ano de atraso, durante o reajuste tarifário anual. Agora, o consumidor pode se preparar para mudanças. Confira:

  • Bandeira verde: Indica condições favoráveis de geração de energia. Nesse cenário, não há acréscimos na tarifa de energia elétrica.
  • Bandeira amarela: Aponta condições menos favoráveis. A conta de luz tem acréscimo de R$ 1,885 para cada 100 kWh consumidos.
  • Bandeira vermelha – Patamar 1: Reflete um custo mais elevado de geração. Há cobrança adicional de R$ 4,463 a cada 100 kWh consumidos.
  • Bandeira vermelha – Patamar 2: Aponta um cenário crítico com geração extremamente cara. O acréscimo na fatura é de R$ 7,877 a cada 100 kWh utilizados.

Esse sistema serve como um alerta ao consumidor sobre o custo da energia naquele momento, incentivando ações de economia no dia a dia. Com isso, o governo tenta reduzir a pressão sobre o sistema elétrico e evitar medidas mais drásticas, como racionamentos ou tarifas emergenciais.

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Dicas para economizar na conta de luz

  • Desligue aparelhos da tomada quando não estiverem em uso: Mesmo em modo de espera, eletrônicos como televisores, micro-ondas e carregadores continuam consumindo energia. Retirá-los da tomada pode gerar economia no fim do mês.
  • Troque lâmpadas comuns por LED: As lâmpadas de LED consomem até 80% menos energia do que as incandescentes e têm vida útil muito maior. Esse investimento se paga rapidamente com a redução da fatura.
  • Use eletrodomésticos de forma estratégica: Evite abrir a geladeira muitas vezes ao dia e acumule roupas para passar ou lavar de uma só vez. Essas práticas reduzem o tempo de uso de aparelhos e diminuem o consumo.
  • Aproveite melhor a luz natural: Mantenha cortinas abertas e pinte paredes com cores claras. Essas ações reduzem a necessidade de iluminação artificial durante o dia.
  • Evite o uso excessivo de ar-condicionado e aquecedores: Esses aparelhos estão entre os maiores vilões da conta de luz. Use ventiladores, mantenha ambientes arejados e utilize roupas adequadas para reduzir o uso desses equipamentos.
  • Realize manutenções periódicas: Aparelhos com filtros sujos ou em mau estado consomem mais energia. Limpar filtros de ar-condicionado e revisar geladeiras e chuveiros evita desperdícios invisíveis.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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